sexta-feira, 16 de dezembro de 2011


Um Cavalheiro Sem Nome - Até a morte escolhe


Meus profanos olhos nunca enxergaram o amor,
Esse coração maldito nunca demonstrou afeto,
O calor nunca correu por dentro do meu corpo gelado.

A noite de lua nova é a mais triste,
Dizem que em certos tempos,
O céu noturno fica sem a sua musa,
Pois até ela olha para o chão,
E sente nojo de se mostrar,
Para seres tão inferiores que dominam o plano terrestre.

Uma espécie que mata seus próprios semelhantes,
Sem poder usar a desculpa de sobrevivência ou ignorância.

A deusa que brilha nesse céu estrelado,
É como uma dançarina bela e refinada,
A qual não dançaria sobre um palco encharcado de sangue.

Mas cá entre nós, esse caos e essa luxúria,
Deixa a alma com um gosto a mais,
Para melhorar só é necessário um toque,
Um toque suave de desespero,
Entretanto só um pouco, se for muito,
A pessoa comete suicídio,
O gosto fica tão amargo,
Eu não gosto.

Para mim as noites de lua nova são as mais tristes,
Porque sempre nos meus melhores jantares,
Eu não posso comer sobre a luz do luar.

No final tanto a vida quanto a morte são feitas de escolhas,
E entre as minhas escolhas, 
Prefiro devorar a sua alma e perder a minha lua.

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